O relativismo está cada vez mais presente e marcante nos tempos hodiernos, e em nome da aceitação da diversidade e pluralidade de ideias, a sociedade tem transigido além do limite com atitudes e práticas condenáveis, se considerarmos valores que advêm de um passado remoto, os quais nos foram atestados pelo tempo.
Estamos vendo isto, por exemplo, nestas olimpíadas, e esta é apenas uma mera referência, pois tal manifestação de relativismo está estampada nas mais variadas esferas de nossa sociedade moderna, haja vista tal relativismo ser um elemento basal do pós-modernismo que grassa nos nossos dias.
Particularmente, fico muito preocupado, muitas vezes até indignado, quando aviltamos os absolutos que defendem Deus, a vida, a família, a liberdade, a propriedade, dentre outros, afinal, quando tudo se torna relativo, estamos à mercê dos maiores absurdos.
É claro que devemos respeitar a diversidade, e se isto se avulta no campo sexual, como é corrente em nosso meio, por exemplo, entendo que os próprios valores judaico-cristãos sob os quais nossa sociedade brasileira foi erigida, ensina que devemos acolher a todos com amor, mesmo que discordemos com práticas condenáveis pela nossa cosmovisão, o que nos permite, através do bom diálogo, a tentativa de dissuadir os praticantes de permanecerem com seu comportamento e, se não conseguirmos, vida que segue, lembrando que Deus é o único que conhece o coração de todos.
Quanto a Deus, já discorri aqui neste espaço que, em resumo, é preciso ter mais fé para ser ateu do que para crer que há um criador de todas as coisas. Relativamente, à vida, quero crer que não há dúvida de que esta precisa ser preservada e protegida ao extremo, e sempre. Quanto à família, é indubitável que é a célula mãe da sociedade, e que é supedâneo para uma organização social sustentável e equilibrada, afinal, não podemos negar aquilo que a própria natureza nos conduz a concluir.
Em relação à liberdade, é patente que se trata de bem mais do que precioso. Basta olhar para nós mesmos e imaginarmo-nos sem liberdade para identificar sua importância. É claro que vale a máxima de que a nossa liberdade deve ir até onde se inicia a do outro. Propriedade, também, é um elemento importantíssimo em nossas vidas, afinal o que suamos para conquistar com legitimidade deve ser preservado a todo custo. Enfim, precisamos olhar para os valores sob os quais fomos constituídos e afastar de vez o relativismo que tanto nos assola, caminhando a passos largos para a desestruturação completa de nossa sociedade.