Conforme envelhecemos, nossas células sofrem alterações que prejudicam o seu funcionamento correto. Essas estruturas também podem ser danificadas por acidentes, o que exige bastante empenho na recuperação do indivíduo.
A boa notícia é que existem alternativas para ajudar na plena recuperação desses tecidos – elas são a base da chamada medicina regenerativa.
Os preceitos desse ramo da medicina, embora seja relativamente novo, estão sendo aplicados em muitas outras áreas, como oftalmologia, cardiologia, ginecologia, reprodução humana, urologia e até na dermatologia. Fora do Brasil, essas terapias vêm sendo usadas há muitos anos, principalmente em alguns países da Ásia.
Por aqui, as terapias regenerativas voltadas à dermatologia chegaram com mais força em meados de 2023. Algumas técnicas, porém, ainda não são liberadas em território brasileiro – apenas como parte de pesquisas.
As expectativas, no entanto, são elevadas. Elas podem ser aplicadas tanto na área estética como no tratamento de doenças dermatológicas, a exemplo de alopecias (como a popular calvície), psoríase e dermatites. Também mostram benefícios na cicatrização de feridas e de queimaduras.
Dermatologia
A dermatologia regenerativa é um ramo da medicina que combina princípios da biologia regenerativa com as práticas dermatológicas para restaurar a estrutura e a função da pele. Ela foca em tratamentos que utilizam agentes biologicamente ativos, como células-tronco, exossomos, peptídeos e outros. Alguns procedimentos incluem: PDRN, Exossomos, Profhilo. Por isso, essa área oferece uma abordagem inovadora para promover a beleza e a saúde da pele.
O PDRN é um derivado do DNA do salmão purificado e esterilizado que chegou mais recentemente ao Brasil. Ele é utilizado para facilitar a entrega de moléculas terapêuticas em locais específicos da pele com o intuito de regenerá-la e estimular a produção de colágeno.
Os exossomos são minúsculas bolhas secretadas pelas células; são ricas em proteínas, fatores de crescimento e carga de RNA. Elas penetram profundamente nos tecidos, facilitando a comunicação e o transporte de substâncias entre as células. Também podem atuar na aceleração da cicatrização dos tecidos, no combate de processos inflamatórios, na diminuição da pigmentação da pele, na prevenção e no tratamento do envelhecimento e na reparação cutânea.
Na prática, é como se esses tratamentos levassem uma informação para a célula senescente, que está envelhecendo, para que ela passe a funcionar como uma célula jovem, recuperando todas as funções e estruturas das células. Assim, a dermatologia regenerativa engloba procedimentos que promovem o rejuvenescimento, a otimização da hidratação, o aumento da elasticidade, a melhora dos contornos faciais e corporais e a amenização de estrias e de cicatrizes, como as de acne.
Novidades na clínica
A Clínica GW trouxe uma tecnologia que entrega essas substâncias como peptideos, PDRN e exossomos na derme, camada mais profunda da pele, sem utilizar agulhas. Para isso, é usada a eletroporação, que abre canais na pele permitindo a entrega destas substâncias de maneira segura e indolor. A tecnologia é conhecida como drug delivery.
Como se vê, a medicina regenerativa abre um campo de possibilidades na dermatologia – inclusive, é considerada um divisor de águas no que diz respeito à melhora da saúde da pele e dos cabelos. Como se trata de uma área muito nova, é importante buscar médicos com boa formação e credibilidade para realizar os procedimentos, que devem utilizar produtos aprovados pela Anvisa.
Cada vez mais, tratamentos que proporcionam a melhora da qualidade da pele estão em alta. Com a chegada da dermatologia regenerativa, nós dermatologistas temos um cardápio maravilhoso nas mãos para entregar este skin quality. Gosto muito de associar o PDRN e os exossomos aos lasers e aos bioestimuladores de colágeno injetáveis ou mesmo aos fios lisos de colágeno, tudo para devolver aquele glow à pele, além de deixá-la mais saudável.
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