quinta-feira, 21 novembro, 2024
Terapia e emagrecimento

Estamos em pleno inverno e a preocupação com a saúde e a beleza já começou. Muitas pessoas aproveitam essa época do ano para realizar seus tratamentos e iniciar o “Projeto Verão”.
Mas, como a nossa mente (o que pensamos) podem influenciar nesse processo? Já ouviram dizer que a pessoa tem cabeça de gordo? Pois é, a maioria das pessoas que já iniciou e desistiu várias vezes de dieta ou da academia não sabem pensar como uma pessoa magra. Isso quer dizer que essas pessoas têm um mindset (programação mental) que sabota seus esforços. Sabe aquele pensamento: “Só hoje”, “Só um pedacinho”, “Não consigo emagrecer”…
Uma dieta adequada só dará certo se for estabelecida uma mudança nessa programação mental. Por isso, nesse processo é importante o acompanhamento de uma equipe multiprofissional: nutrólogo, nutricionista, educador físico e o psicólogo.
A terapia ajuda a identificar esses pensamentos sabotadores e a responder a eles de forma mais adaptativa, o que leva a pessoa a se sentir melhor (menos culpada ou ansiosa) e a se comportar de maneira mais funcional.
Os pensamentos que fazem você agir de maneira disfuncional são chamados de pensamentos sabotadores e os que conduzem a agir de forma mais funcional são os pensamentos funcionais.
Os pensamentos sabotadores nos incentivam a comer (pensamentos de permissão), minam a autoconfiança (pensamentos de culpa), aumentam o nível geral de estresse (pensamentos de perfeccionismo). Mas, se formos capazes de identificar os estímulos que provocam os pensamentos sabotadores e que nos levam a comer de forma inadequada, poderemos nos preparar para minimizar nossa exposição a eles ou mudar a forma de enfrenta-los. De acordo com Judith Beck, para emagrecer e não voltar a engordar é preciso:
• Escolher uma dieta nutritiva;
• Arrumar tempo e energia para fazer dieta;
• Planejar o que e quando comer;
• Procurar apoio;
• Lidar com a decepção;
• Ver o ato de comer exageradamente como um problema temporário que você pode resolver;
• Saber lidar com a fome e o desejo incontrolável de comer;
• Eliminar o ato de comer pelo fator emocional;
• Saber elogiar a si mesmo.
O processo terapêutico ensina habilidades psicológicas diferentes (ferramentas) para ajudá-lo a alcançar o objetivo de se tornar uma pessoa mais magra.

Luciana Garcia de Lima é psicoterapeuta cognitivo-comportamental (UMC e ITC), com formação em Terapia ABA (Gradual) especialista em Psicopedagogia (PUC-SP), Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica (HC-FM-USP) e Avaliação Psicológica (IPOG). Especializanda em Neurologia Clínica e Intensiva (Einstein). Mestre em Semiótica, Tecnologia da Informação e Educação (UBC). Doutoranda em Neurologia Infantil (HC-FM-USP). Atua em grupo de pesquisa em Neuropediatria voltado para TDAH e Autismo (HC-FM-USP) e é autora dos livros “A negação da Infância” e “Autismo: práticas e intervenções.“ (www.clinicassinapses.com.br).

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