Olho o sol desta manhã, irradiando sobre várias superfícies e produzindo uma multiplicidade de matizes, os pássaros cantando e encantando com sua beleza, leveza e agradável sonoridade, a água límpida e inspiradora, as plantas com suas variações imensas e belas, a terra, o céu, enfim, a natureza pujante, linda e, além dela, a arquitetura das construções humanas harmonizando-se com o meio, e me vem à mente tudo o que é prazeroso, revigorante e que traz esperança.
Num país gigante pela própria natureza em todos os sentidos, não podemos perder essa esperança e nem cruzar os braços diante das dificuldades, especialmente, se elas nos são impostas por nós mesmos.
Temos que manter o sonho de uma vida melhor, de um Brasil mais equilibrado, acolhedor e próspero. Uma nação que não nos desperte amor só pelo seu chão, mas que nos traga orgulho pela sua história e pelo todo, incluindo o povo e o governo.
Manter o sonho de acordar pela manhã e não apenas sentir o alento que vem da natureza, de forma compartimentada, sem poder estendê-lo à vida plena, a qual inclui todos os aspectos da existência humana, inclusive o de ser, ter e realizar com propriedade e segurança.
Podemos alimentar o sonho de que o Brasil tem jeito, de que ainda é possível educar as novas gerações e, mesmo que demore um tanto, como aconteceu na Coreia, saber que há a perspectiva de reverter o quadro. No meio da adversidade, muitas vezes, surgem ideias; quando se avulta a iniquidade, há a probabilidade de sobressair a virtude. Esta é a minha esperança: já temos um novo olhar no espectro geral, de um movimento com lastro e nova direção.
As conversas formais e informais já não são conduzidas como antes, pois parece que alguns se aperceberam de que é preciso mudar, de verdade, reformar; de que é mister resgatar a moral, reaver valores e princípios inegociáveis que implicam o bem geral; de que é imprescindível educar e não se ater a um ensino superficial e frágil, por exemplo.
Há um contingente importante de pensadores se manifestando para que com mais informação possa haver melhor escolha; há uma chama acesa e precisamos trazer à memória aquilo que nos dá esperança!