Aproveitei essa oportunidade para compartilhar e confessar que fiquei por alguns dias refletindo sobre o que escrever?
Em um primeiro momento, é claro, o principal assunto que veio à minha cabeça foi a pandemia. Deveria eu, mais uma vez, refletir sobre o assombroso número de mortes que toma conta do nosso país? Promover frases e pensamentos sobre a importância ética, moral e social que cada um de nós desempenha no dia a dia para salvar vidas? Reforçar a importância de não aglomerarmos, de constantemente lavarmos as mãos e do uso obrigatório de máscara?
Dei-me conta da falta de empatia, de um mundo doente não só pela pandemia, mas pela falta de responsabilidade de uma minoria em busca de regalias. Espero mesmo que esse não seja o novo normal, pois esse novo cenário do dia a dia não representa nenhuma melhoria.
Em seguida, pensei sobre política. Assunto polêmico, cheio de partes, partidos e vontades, com a falta constante de análise de fatos e dados que promovam uma reflexão consistente e pertinente. Um Brasil dividido por opiniões e assuntos contaminados por redes sociais, que geram dúvidas. A falta de ciência norteando e orientando as decisões e de premissas bem estabelecidas, como a própria vida em primeiro lugar. Municípios e estados deliberando uns contra os outros, enquanto muitos cidadãos continuam tentando levar comida às suas mesas. A discussão sobre a troca de líderes nas mais diversas esferas políticas, revelando o desencontro e o desalinhamento de um momento que recebe adjetivos por cores, que agora é chamado de crítico e emergencial?! Não sei se seria providencial uma reflexão essencial para um momento tão demencial.
(…)
Aí pensei sobre a justiça! Talvez um pouco sobre o combate à corrupção. Pensei em falar sobre igualdade e logo desisti porque, definitivamente, por aqui não entendemos sobre equidade, com conceitos tão equivocados sobre liberdade.
A escola seria o mais óbvio, já que meu tempo é dedicado a essa instituição. Pensei em falar em desenvolvimento do ser humano e em como as escolas estão se reinventando, em como nossos professores estão buscando soluções diferenciadas para o aprendizado e em como o dia a dia está diferente para as escolas que estão abertas. Por um lado escolas abertas, do outro fechadas. Famílias desestruturadas. Escolas desconfiguradas! Professores e alunos cansados. Decisões arbitrárias, muitas vezes no calar da noite, provocando dúvidas e aumentando o caos, mostrando que educação no nosso país é mesmo deficitária. A escola ocupou-se de cuidar das famílias, de orientar o dia a dia, de ajudar os alunos a administrarem suas cargas de trabalho e suas atividades. Como educar se alguns estão tentando até se machucar.
Estamos corrompidos! O mundo dá sinais e alertas de uma sociedade que precisa parar. Parar para depois recomeçar! Será que é preciso sentir a dor para entender o que é o amor? Até quando vamos fingir heroísmo quando na verdade vivemos em egoísmo? Precisamos nos voltar para nós mesmos e, antes de se reinventar, entender que não há problema nenhum em lamentar.
Mas daí, estava eu escrevendo sobre autoajuda?
Em resumo, acho que no próximo preciso escrever mais sobre paciência, persistência e consistência!
Até breve!