No Livro Guinness, dos recordes, a Bíblia é listada como o livro mais vendido de todos os tempos, com mais de cinco bilhões de cópias vendidas e distribuídas. No segundo domingo do mês de Dezembro celebramos o Dia da Bíblia, data oficialmente reconhecida pelo Congresso Nacional. Em mais de 60 países, em datas variadas, os cristãos agradecem a Deus a sua Palavra Revelada em 2.000 línguas e dialetos.
A Bíblia, sem dúvida, é o grande best-seller da história da humanidade. Dos 31.124 versículos contidos na Bíblia 8.352 tem conteúdo profético, dentre os quais se anuncia o nascimento de Jesus, o Filho de Deus, entre os homens, sua vida como Servo, depois da morte na cruz e ressurreição como Salvador e Senhor e no final dos tempos como Juiz Eterno para julgar e condenar, pelas obras, aqueles que rejeitaram a Sua morte na cruz como único meio de justificação dos seus pecados.
Confesso, depois de ter lido e ouvido tantas vezes comentários sobre os cinco primeiros versículos do Evangelho de João, o Espírito abriu-me a mente para entender, com mais profundidade, a grandeza do Verbo, Jesus Cristo, que é em essência o próprio Deus. Antes de o tempo existir, Cristo já existia na eternidade ao lado do Pai. O versículo terceiro afirma de Jesus, sendo Ele o Cristo de Deus: “Todas as coisas no princípio foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Como Criador, Ele se ofereceu ao Pai para ser o Verbo Encarnado que viesse a terra para salvar o seu povo, as criaturas humanas, do pecado deles. Jesus não é um “homem-deus” como Hitler quis ser, mas, sim, o “Deus-Homem” que morreu por nós.
O natal humanista e consumista do Papai Noel não é o verdadeiro Natal que honra e glorifica o Filho de Deus. Voltaire disse: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas do que pelas respostas”. Jesus, porém, julga mais pela resposta a Sua pergunta: “Pra você quem Eu Sou?” De Pedro, o discípulo, a resposta foi: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. E a tua resposta? Richard Thaler, prêmio Nobel de Economia, em entrevista, disse: “Não consigo me lembrar de outra época em que tenha havido tanta incerteza. Todos nós estamos vivendo um dia de cada vez – e é provável que continue assim… São tempos assustadores”.
A nossa era de incerteza surgiu do xeque-mate que o racionalismo tentou dar na verdade absoluta substituindo-a por uma colcha de retalhos de verdades relativas, uma confusa “Torre de Babel” construída sob a égide egocêntrica e profana do homem de ser igual a Deus. A visão materialista que domina o mundo é incompatível com a fé cristã: ter é mais importante do que ser; o prazer é tudo e deve ser buscado a qualquer preço; pessoas devem ser consideradas como objetos, usadas e descartadas; o homem é o centro do Universo e requer a sua glorificação. Falta pouco para o homem perder de uma vez sua crença de ter sido criado pelas mãos de Deus. O pós-modernismo existencialista o fez rejeitar a fé em Deus e aceitar a massificação em ser “nada” em prejuízo da sua individualidade. A reputação aparente de alguém no palco da vida esvazia a sua dignidade na intimidade dos bastidores do seu viver diário.
No lar humilde do carpinteiro José, o menino Jesus cresceu com os irmãos e nada foi dito que frequentou uma escola ou universidade. Maria sabia, em segredo, que Ele era o Deus encarnado, na adolescência Ele mostrou sabedoria aos doutores da lei, nenhum milagre descrito antes dos 30 anos.
Numa ocasião em que Jesus já exercia o seu ministério, perguntou aos seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” Responderam: “Elias, João Batista ou outro profeta”. Então, os interpelou de modo pessoal: “Quem vocês dizem que eu sou?”. Pedro respondeu com muita convicção: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”. Jesus afirmou para Pedro que a sua resposta não foi dada pela razão, mas pelo seu Pai que está nos céus. E se Jesus, neste Natal, lhe perguntar: “Pra você quem Eu Sou?” Numa era de incerteza você terá para Ele, pela fé, a resposta certa?