Certa vez, perguntaram a Einstein se ele acreditava em Deus. Ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. Deus, para Spinoza, não é propriamente o Criador do Universo, mas é o Universo em si, a própria Natureza. Baruch Spinoza (1632-1677), filósofo holandês de origem portuguesa, perseguido pela Inquisição da Igreja Católica, por suas ideias, refugiou-se na Holanda.
Einstein, físico notável e autor da teoria da relatividade; Spinoza, filósofo conceituado, sábios para o mundo da razão, porém, ignorantes e distantes da sabedoria de Deus não conseguiram encontrá-Lo, através dessa fé deformada, como um Deus pessoal e único autor de todas as coisas. No Evangelho de João 1: 3, diz: “Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Paulo escrevendo à Igreja de Corinto, na Grécia: “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus”.
A mente do homem panteísta nos apresenta um Deus diluído em crendices, como: estrela-guia, horóscopo, mapa astral, tarô, mãe-terra, como protetora das colheitas. Não há intermediários necessários ou autorizados para nos ajudar a chegar a Deus. Sabemos que o único que nos leva a Deus é Jesus, pois Ele mesmo declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”. João 14: 16. Todos os deuses inventados pela imaginação dos homens servem de motivo para perderem o respeito e o temor de Deus, desviando-se da verdade revelada em sua Palavra, a fim de adorar e confiar o destino de suas vidas às coisas criadas em vez de se entregarem confiantes nas Mãos do Criador.
Nosso Deus é um Deus pessoal, diferente de todos os outros deuses, que sabe todas as coisas, que tem todo o poder e que se acha presente em tudo e em todos. Ele é onisciente, onipotente e onipresente, atributos esses únicos em sua essência divina e eterna. Dele somos criaturas, e Ele nosso Senhor. Confrontando o pensamento de Paulo e o de Spinoza se vê em seus escritos a arte de escrever do primeiro, apoiado na sabedoria de Deus, e a do segundo, na sabedoria humanista. Em Romanos 1: 23 Paulo condena a ignorância deliberada do homem que rejeita o ensino de Deus: “Porque os atributos invisíveis e Deus, assim o seu eterno poder como também sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são indesculpáveis, porquanto, tendo conhecimento de Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo seus corações insensatos. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis”. Parte de um texto escrito por Spinoza como se um “deus estranho” estivesse falando com ele: “Pare de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada tem a ver comigo! Senão, você pode me ler num amanhecer, numa paisagem, nos olhos dos seus amigos, nos olhos do seu filhinho, não me encontrará em nenhum livro”. Spinoza nega a Bíblia, e em outros trechos prega o bem viver livre de preconceitos e da necessidade de pedir perdão, acha dispensável frequentar templos ou ser igreja, nega, também, o inferno e a justiça de Deus.
Como desenvolver o temor de Deus? Provérbios 9: 10, afirma: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”. O Santo a quem se refere é Deus e o seu conhecimento necessita do compartilhar da intimidade Dele, o Salmo 25: 14, diz: “A intimidade do Senhor é para os que O temem, aos quais Ele dará a conhecer a sua aliança”. A aliança nos dá a alegria do Senhor pela parceria com Deus, o nosso jugo diário com Cristo se torna mais suave e o nosso pesado fardo de compromissos é agora mais leve. O amor de Deus lança fora o medo, e a nuvem negra da ansiedade se desvanece.