Antes de John Lennon declarar, em 1966, que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, ele fez essa tola afirmação: “O cristianismo vai acabar, vai se dissipar e depois sucumbir. Nem preciso discutir isso. Estou certo, e o tempo vai provar”. Mais tarde, ele sucumbiu cedo pela mão armada de um fã. Também numa entrevista anos atrás, o escritor português José Saramago, na ocasião em que lançou o seu último livro-romance sobre o personagem bíblico Caim, mostra sua constante intolerância pela Fé usando de afirmações contundentes: “A Bíblia é um guia, sim, mas de maus ensinamentos. Sem ela, seríamos diferentes e provavelmente melhores. Deus é uma entidade cruel, ciumenta e insuportável, que só existe na imaginação do homem”. Quando lhe perguntaram se não temia a reação dos católicos, respondeu: “Eles não se ofenderão porque, afinal, não lêem a Bíblia”.
Os inimigos da Fé insultam nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, tentam destronar o Soberano Deus, sem que haja uma reação à altura por parte dos cristãos, como soe acontecer entre os muçulmanos quando alguém ousa ofender o Profeta Maomé ou Alá. Será que nós, chamados cristãos, temos igual zelo em defender a Palavra de Deus, a Bíblia, como os islamitas defendem o Alcorão?
Graças a Deus que a Bíblia Sagrada é o livro mais lido e vendido em todo mundo. Segundo a Sociedade Bíblica do Brasil, ela foi traduzida para quase 3 mil idiomas e ocupa o primeiro lugar do ranking há mais de 50 anos. Nossa atual e incauta abertura cultural tem dado destaque ao neoateísmo, ele surge como um desafio poderoso ao cristianismo.
Atualmente, quatro homens têm dado expressão a esse movimento, sendo considerados “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse do Neoateísmo” – Richard Dawkins, Daniel Dennett, Sam Harris e Christopher Hitchens – eles semeiam com malignidade a descrença no coração dos homens; adubado de cobiça e poder produzirá no final dos tempos farta colheita de morte, guerra, peste e fome. Dennett afirma que a crença em Deus é menor do que se pensa, pois a maioria crê na crença herdada de outros ou da família. Isso, diz ele, demonstra a fragilidade da fé, nessas pessoas sem convicção, que permite serem iniciadas na escola do ateísmo. Perguntaram certa vez a Golda Meir, ex-primeira ministra de Israel, se ela cria em Deus. Sua resposta é um exemplo perfeito da crença na crença: “Os judeus crêem em Deus, eu creio nos judeus”.
Os chamados movimentos de fé, surgidos na década de 60, contaminados pela psicologia humanista, afirmavam que os nossos desejos se tornam realidade através do poder do pensamento positivo. Desviando a fé em Deus para a fé na própria fé do homem adotaram a Lei da Atração que subordina Deus a atender a nossa vontade de cura e prosperidade. Podemos rotular isso como um novo e falso evangelho. Em Isaías 42: 8, Deus diz que não dá a sua glória a ninguém, nem a sua honra às imagens de escultura; portanto, o homem pode desistir de tentar ocupar o trono de Deus.
O Evangelho de Jesus ensina que a sociedade é transformada pelo homem, e não ao contrário, o homem ser transformado pela sociedade. O Marxismo se alicerça nessa premissa: se a sociedade é justa o homem se torna justo. Mas qual foi a época em que a sociedade foi justa? O reino de Deus se fundamenta no amor e na justiça, o comunismo se impõe pela força do poder. A perseguição obsessiva de Stalin aos considerados dissidentes, inimigos do povo ou do regime, levou à morte aproximadamente a 100 milhões de pessoas acusadas de traição. Na sua soberba e estultícia o homem diz: “Não preciso de Deus, vou abrir o meu próprio caminho”. Sendo Deus desnecessário o homem se torna agnóstico e ateísta.
A reconstrução da Torre de Babel tem sido a empreitada do homem nos dias atuais, procurando alcançar o céu pelas próprias mãos. A maioria dos cristãos nominais está inventando um novo cristianismo sem Cristo, portanto, sem pecado, cujos pregadores em vez do Evangelho da salvação anunciam uma mensagem humanista de saúde e prosperidade. Ateísmo cristão é ser cristão sem Cristo.