Nesta época de Copa do Mundo costumamos ouvir comentários de várias pessoas sobre os craques das seleções, das suas incríveis jogadas, gols, etc.. São os ídolos do futebol mundial. Também, é incrível nos dias de hoje, o culto que muita gente presta às celebridades de várias áreas como a música, o cinema, a televisão, etc.. Honestamente, nada tenho contra a admiração à capacidade artística ou àquela ligada a qualquer habilidade específica de uma pessoa ou de um astro, mas daí a considerá-lo um ídolo ou assumir a posição de fã incondicional há uma distância considerável. Na verdade, entendo que esse tipo de atitude nos afasta de algumas realidades óbvias.
Primeiro que, como cristão, meu único ídolo verdadeiro é Deus: “Amararás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lc 10.27). Em segundo lugar, as celebridades se destacam, ficam com seus nomes gravados na história, mas vão perdendo o brilho.
Um texto interessante de Max Lucado, cujo título é “Pessoas que fazem diferença” diz o seguinte: “Cite o nome dos dez homens mais ricos do mundo. Cite o nome dos dez melhores jogadores de futebol das últimas décadas. Cite o nome de oito pessoas que ganharam o prêmio Nobel ou um Pulitzer. Como você se saiu? Eu também não fui bem. É surpreendente como nos esquecemos rápido, não? E essas pessoas são as melhores em seu ramo de atuação. Mas o aplauso morre. O prêmio perde o brilho. As realizações são esquecidas. Vamos fazer outro teste. Vejamos como você se sai neste. Pense em três pessoas com as quais você gosta de passar tempo. Cite dez pessoas que lhe ensinaram alguma coisa que vale a pena. Escreva o nome de cinco amigos que ajudaram você em momentos difíceis. Mais fácil? Para mim, também foi. A lição? As pessoas que fazem diferença não são aquelas que possuem credenciais, mas as que se importam”. Esta é uma realidade cristalina que muitas vezes nos passa despercebida.
Gente relevante para nós é aquela do convívio diário, aquela que nos cumprimenta no cotidiano, aquela com quem combinamos encontros, aquela com a qual fazemos questão de nos comunicar. Aquela para a qual fazemos questão de pedir que ore, que interceda a Deus por nós; a que nos visita, enfim, a do nosso convívio.
É impressionante que muitas vezes não damos o devido valor a essas pessoas; passam por nós como se fossem paisagens e que velam por nós como se fosse sua obrigação precípua. Devemos, sim, agradecer a Deus a vida delas em nossas vidas.
Que assim, possamos refletir nisto e valorizar cada vez mais essas pessoas: nossos familiares e amigos. Que oremos por elas e sejamos gratos a Deus por tudo aquilo que nos têm proporcionado, à medida que nos valorizam e velam por nós.