quinta-feira, 21 novembro, 2024
É mister produzir

Deixar de produzir ao máximo para si, para sua família e pelo país por invalidez, por merecida aposentadoria ou mesmo por opção, ainda que das mais absurdas, são fatos compreensíveis e que nos rodeiam, num contingente administrável e natural, na maior parte das incidências, mas deixar de produzir por falta de oportunidade, por falta de demanda, falta de emprego, de incentivo e de ação do governo é inaceitável, especialmente, num país que hoje, mais do que nunca, tanto carece de produção e, mais do que isso, de alta produtividade, com qualidade e competitividade.
Ocorre que nosso governo, caracterizado por sua significativa ingerência no mercado tem-se esforçado para ajudar o setor produtivo, mas muitas vezes, seus projetos são travados, engavetados ou rejeitados pelo Congresso Nacional. Temos acompanhado de perto os segmentos de incorporação e construção e observado a luta que tem sido para tentar salvar as empresas, sem auxílio direto, mas apenas com regulamentações e sistemas que possibilitem ao empreendedor, investir com segurança e cada organização desempenhando bem o seu papel: os empreendedores desenvolvendo projetos viáveis e sustentáveis – ressalte-se que muitos destes, em regra, têm capacidade técnica, lastros jurídico, comercial e econômico, além da necessária agilidade para projetar e produzir; os órgãos públicos nas aprovações e licenciamentos que deveriam ser mais céleres do que nunca nesta época e as instituições financeiras que deveriam, com o máximo respaldo do governo – porque aqui, também, prevê-se sua interferência – financiar os projetos com custos financeiros adequados e absorvíveis pelo próprio negócio. Para isto, principalmente, deveriam existir os bancos.
Na esteira do mercado imobiliário e de construção, em geral, estão todos os demais segmentos de negócios, também carentes dos mesmos elementos acima elencados, cada um conforme a sua característica e necessidades, mas o fato é o que o tempo continua passando, o Brasil experimentando uma crise complicada, alguns tentando minimizá-la por interesse ou otimismo e o velho mercado, em si, querendo começar a demonstrar reação alentadora. É mister que ajamos já, desde os que produzem, fazendo pressão através de suas associações a afins, até o governo, de forma que enxergue a urgência na adoção de medidas que fomentem mais a produção, sob risco de passarmos da crise ao caos e do caos ao colapso total. É a hora da coragem para agir, doa em quem doer, para o bem da maioria!

Leonel Zeferino é empresário.

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