terça-feira, 3 dezembro, 2024
Altruísmo cristão

Com certeza, o cristianismo é aquele que mais assevera a sermos “outrocentristas”. Num mundo que carece, como nunca, do amor ao próximo, não nos resta alternativa, como sociedade, outra que não seja nos inclinar diante da dor ou necessidade do outro, e o assistir em tudo o que for possível.
Assim como pra Deus não há acepção de pessoas, para nós, também, se bons cristãos, não deve haver, portanto, não existe lugar em nossas vidas para qualquer tipo de discriminação social, racial, intelectual ou outra de qualquer tipo que seja: devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos, e esse amor, tão propalado nas escrituras, não refere a um mero sentimento, como querem reduzir alguns, mas a ações efetivas para com o nosso semelhante, especialmente, para com o desvalido.
No evangelho de Mateus, capítulo 25, Jesus aprofunda o assunto, indicando como demonstramos, também, o nosso próprio amor por Ele: “35 Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes;36 estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me.37 Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber?38 E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?39 E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?40 O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”
Ou seja, em cada pequeno ou grande ato de atendimento à necessidade alheia demonstramos amar e agradar a Cristo, que é Deus, e isto precede o segundo grande mandamento que é amar ao próximo como a nós mesmos: amar a Deus de toda a nossa alma, entendimento e coração.
Por outro lado, constatamos que o mundo está cada vez mais frio, mais insensível. Muitos, se não, a maioria, olham só para si e vivem sob a máxima de que “cada um por si e Deus por todos”, e, pior que isso, tantos outros insistem numa conduta atroz, praticando o mal para com seu semelhante, sendo que a própria Bíblia já nos adverte quanto a esta situação: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Mt 24:12”.
Precisamos, assim, reverter essa tendência na qual o mal vence o bem, e nos doarmos mais aos outros, pois mais bem-aventurado é dar do que receber. Que Deus tenha compaixão de nós, e nos abençoe, de sorte que, também, sejamos bênção para o nosso próximo!

Leonel Zeferino é empresário.

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