Henrique Borenstein, economista e empresário do setor, recebe uma importante homenagem do Prêmio Master Imobiliário, na categoria Hors Concours. Aos 88 anos, o fundador, e atual presidente do Conselho de Administração da Helbor Empreendimentos S.A., reúne memórias de uma trajetória sólida e não se cansa da sua rotina de trabalho. Acorda cedo todos os dias e se divide entre os escritórios de Mogi das Cruzes, onde mantém a sede da Cia., e de São Paulo, na Av. Faria Lima, onde está a filial.
Mas, até chegar à fundação da Helbor, ele passou por muitas outras fases, transitando pelos setores comercial, financeiro e o imobiliário, além de ser participante ativo em diversas iniciativas comunitárias. Ele já foi presidente da Associação Comercial de Mogi das Cruzes; um dos membros da comissão de construção da Catedral de Sant’Anna; conselheiro da Santa Casa de Mogi, diretor do Hospital da Mãe Pobre e da Creche Fraternidade, além de diretor e conselheiro em várias outras entidades assistenciais. Na década de 50, deu início às suas atividades empresariais nas Lojas Belver, um antigo magazine fundado pelas famílias Borenstein e Cardoso. Junto com seu irmão, Marcos Borenstein e com apoio de Hélio, seu pai, criou também a Cotac, uma concessionária Chevrolet de grande porte sediada em Mogi e operava em várias cidades.
O sucesso da Cotac e as relações que Henrique mantinha com empresários o tornaram alvo disputado para que adentrasse ao sistema financeiro. Em 1961, depois de vender a concessionária, ingressou no banco BCN, onde ficou por mais de 30 anos como diretor e acionista. Em 1997, o BCN foi comprado pelo Bradesco, instituição bancária que, até hoje, é a que mais financia os empreendimentos da Helbor por todo o País.
A fundação da Helbor
A Helbor surgiu, a princípio, para ser um negócio familiar. Foi constituída em 17 de outubro de 1977 por Henrique, seu irmão Marcos e mais seis funcionários antigos da família. O nome “Helbor” é uma abreviação das iniciais de Hélio Borenstein, como uma homenagem ao imigrante ucraniano vindo de Kiev. O seu exemplo de coragem e determinação norteiam a empresa até os dias atuais.
Enviado por sua família para fugir da guerra, Hélio veio para o Brasil em 1917 e, sua chegada a Mogi, foi por puro acaso. Ele deveria desembarcar em Jacareí, onde havia uma família conhecida da Rússia esperando por ele, porém, dormiu no trem vindo do Rio de Janeiro e acabou descendo na estação errada, em Mogi, onde construiu sua vida e formou família com Valentina de Mello Freire, conhecida como Dona Loloya.
“Meu pai veio para o Brasil com uma mão na frente e outra atrás. Nesse trajeto, passou mais de 30 dias no porão de um navio. Sabia falar muitas línguas, mas nenhuma delas era o português. Desceu em Mogi e viu uma placa de loja escrita em iídiche. Ao reconhecer o idioma foi até o local, contou sua história e disse que estava perdido. O dono da loja, com um bom coração e sorriso no rosto, ofereceu abrigo e ele passou a noite e começou a trabalhar no local no dia seguinte. E foi assim, meio por acaso, que a nossa história se estabeleceu em Mogi. Foi o erro mais acertado!”, conta.
De Mogi das Cruzes, a Helbor foi crescendo e conquistando seu espaço no mercado imobiliário. Com pouco mais de 300 colaboradores diretos e milhares indiretos, já chegou a 30 cidades em 10 estados e o Distrito Federal, com mais de 42 mil unidades entregues, cerca de 270 empreendimentos desenvolvidos, que somam mais de 9 milhões de m². Atualmente, concentra suas obras em São Paulo, Mogi das Cruzes, Campinas, Curitiba e Joinville. “Jamais imaginei que a Helbor chegasse nos patamares que está hoje”.
A expansão da Helbor
“Quando a Helbor começou a desenvolver empreendimentos imobiliários, Mogi tinha poucos prédios e bem menos habitantes que hoje. Depois de alguns anos, decidimos que seria um bom momento para irmos a outras cidades, menos para São Paulo, que era ‘coisa de bicho grande’”, disse.
Essa barreira se quebrou em meados de 1998, quando a Helbor concebe seu primeiro projeto na capital paulista. Atualmente, cerca de 42% dos edifícios se concentram em São Paulo. E esse estigma do “bicho grande” acaba, definitivamente, ficando para trás em 2007, quando a Helbor ingressa na Bolsa de Valores. “Foi um período que várias empresas do setor abriram o capital. Nós fomos uma das últimas a dar esse passo. Seria uma grande decisão e, por isso, precisava ser feita com cautela. Analisamos o cenário e, junto com o meu filho, Henry, que hoje é o CEO da Helbor, nos arriscamos para crescer”, comentou.
Ainda que possua capital aberto há mais de 15 anos na Bolsa de Valores, a Helbor se mantém uma empresa de dono, com base familiar muito forte no dia a dia da Companhia. Fiel à sua concepção: até hoje, a Helbor é uma incorporadora pura, ou seja, não constrói, e tem foco na gestão do processo imobiliário, gerenciando todas as etapas da obra para garantir a qualidade das construções. Na liderança de uma potência do setor, “pequena diante de tantas gigantes”, como faz questão de dizer com uma simplicidade habitual, Henrique está presente no dia a dia da incorporadora, apesar de ter passado o comando da Helbor para seu filho, Henry. “Não parei e não paro”, afirma sempre que indagado.
A família Borenstein ainda tem outras duas empresas sob sua responsabilidade: a HBR Realty, multiplataforma do setor imobiliário fundada em 2011, que desenvolve, aluga e administra ativos imobiliários, sendo, hoje, empresa de capital aberto com seus próprios desafios e grande sinergia com a Helbor, e a imobiliária própria, Helbor Vendas que nasceu em 2017.
W Residences é vencedor no prêmio master imobiliário
O primeiro projeto do Brasil com o conceito da rede hoteleira de luxo da marca W, o W Residences São Paulo, foi destaque da 30ª edição do Master Imobiliário, sendo premiado na categoria Empreendimento Uso Misto. Entregue em março deste ano pela Helbor Empreendimentos S/A, o residencial é parte do projeto que conta com a parceria da incorporadora com a HBR Realty e a Toledo Ferrari, responsável pela construção do empreendimento. O W Residences tem 216 apartamentos com unidades de 53 a 102 m² (studios, 1 e 2 dormitórios), ocupa a mesma torre onde funcionará o primeiro hotel W no Brasil, marca renomada, administrada pela Marriott Internacional. “Fazer parte desse momento do mercado imobiliário brasileiro, trazendo o primeiro W do País, é um orgulho para nós. Acreditamos nesse projeto desde que foi concebido, cuidamos de cada detalhe e entendemos o quanto esse projeto é importante para a Companhia. Foi um período de muito trabalho e que valeu a pena”, afirma o CEO da Helbor, Henry Borenstein.
O W Residences terá conforto dos serviços hoteleiros como concierge 24 horas e sistema pay-per-use, e oferece aos moradores áreas comuns exclusivas: salão de festas, brinquedoteca, piscina aquecida com raia de 25 metros, saunas, fit gym, terraço fitness e coworking. Também terá no complexo um teatro que levará o nome Hélio Borenstein.
O hotel W terá 179 quartos, salas de eventos, spa, 4 restaurantes, dois no térreo, um no 23º andar, abaixo do lobby do hotel, e outro no 40º pavimento, que terá o rooftop mais alto e badalado da capital. Três bares também serão instalados no hotel, afirma Alexandre Nakano, CEO da HBR Realty. “Essa centralidade gastronômica e de entretenimento é a marca registrada do hotel W para ser o novo e mais descolado ponto de encontro de hóspedes e visitantes”, diz Nakano.
Com localização privilegiada, na Vila Olímpia, a 300 metros do Shopping JK Iguatemi, duas quadras da Av. Faria Lima, perto do centro de alta gastronomia do Itaim Bibi e do Parque do Povo, o complexo se destaca entre os espigões devido à sua forma retilínea e espelhada, com arquitetura assinada por aflalo/gasperini arquitetos, paisagismo de Benedito Abbud e coube à designer portuguesa Nini Andrade a concepção das áreas comuns do hotel e do residencial.
Já na entrada do residencial, independente a do futuro hotel, o conceito W já é perceptível, tanto na alameda que integra as ruas Helena e Funchal, quanto no lobby, com ambientes que remetem à brasilidade. O design inspirado na tropicalização trouxe elementos que remetem à diversidade cultural e o toque brasileiro, exibido em peças com cores, pedras brasileiras e artesanato.
“O W Residences traz nas áreas comuns elementos de luxo que reforçam nossa brasilidade. Uma característica exclusiva da bandeira W é que o design de cada empreendimento é desenvolvido considerando a cultura, história e a vibração local. É por isso que não há dois W’s iguais no mundo.”, afirma Fabiana Lex, diretora de Marketing, Produto e Comunicação da Helbor.
