Albert Mohler Jr. Ph.D. do Southern Baptist Theological Seminary, onde é professor de Teologia Cristã, em seu livro Ateísmo Remix faz essa dedicatória: “A meus pais, Dick Janet Mohler, que alicerçaram-me na fé, sustentaram-me com amor e estimularam minhas perguntas”. Ele nos diz, como povo cristão, que a ênfase da nossa preocupação, também como pais, não é apenas refutar o ateísmo ou argumentar a favor da credibilidade intelectual do teísmo de forma genérica ou minimalista; em vez disso, nossa tarefa consiste em apresentar, ensinar, explicar e defender o teísmo cristão alicerçado na fé, afim de não perder sua força no coração do homem pós-moderno invadido pelo relativismo.
Os degraus relativistas forrados de materialismo e naturalismo levaram muitos, no passado, ao ateísmo; e, hoje, os mesmos degraus alardeiam abertamente o neoateísmo. Deixando o leitinho superficial da fé, pelo qual fomos sustentados com amor, busquemos com maturidade responsável digerir a razão da nossa crença que herdamos como alimento espiritual para nossas vidas, afim de não sofrermos a indigestão da incredulidade. Se você tem buscado saciar sua sede da verdade em fontes filosóficas impuras, note que continua uma sequidão de estio em sua mente insatisfeita e inquiridora das respostas.
Por que não perguntar a Deus como crer para um viver abundante? Na Bíblia, Ele nos dá a resposta. O expert em falsificação nos ensina a diferenciar, com facilidade, uma nota falsa de uma verdadeira, conhecendo bem a verdadeira. Entrincheirados por trás de um evolucionismo nunca comprovado, de elos perdidos jamais encontrados, atiram seus petardos flamejantes de dúvidas e mentiras no coração dos homens incautos, que não possuem o fundamento profundo da verdade. Pôsteres colocados nos ônibus londrinos comprovam isso: “Provavelmente não há Deus. Portanto, deixe de se preocupar e aproveite sua vida.” Em sua busca de escapar do juízo divino, o ateu não consegue achar Deus pela mesma razão que o ladrão não acha o policial.
Ateísmo não é um conceito novo. No 10º. Século a.C. Davi, no Salmo 14:1, revela: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompe-se e pratica abominação; já não há quem faça o bem”. Diz Mohler que o ateísmo se tornou uma cosmovisão organizada e reconhecida publicamente como consequências do Iluminismo. Tornou-se parte do panorama cultural ocidental não crer em Deus desde os anos 60, quando a revista Time publicou o artigo de capa “Deus está morto?”, que parecia anunciar a chegada de uma nova era secular. John Lenon, um dos Beatles, irreverente, em março de 1966, afirmou: “Atualmente, somos mais populares que Jesus Cristo”.
A revolução bolchevique ocorrida na Rússia, em 1917, firmada no relativismo e no livro “O Capital” de Karl Marx fez o homem desviar-se do Caminho, da Verdade e da Vida, Jesus Cristo, para construir um duvidoso caminho, uma relativa verdade e uma falsa esperança de vida. Os miseráveis do proletariado foram seduzidos pelo discurso de Lenin que prometeu nivelar as diferenças sociais sequestrando as riquezas da burguesia, que segundo ele, era a causa da injustiça na má distribuição dos lucros que mantinham a pobreza das famílias. Os pobres tomaram de assalto os bens dos ricos e dessa anarquia surgiu o comunismo implantado pelas botas amargas do poder e da tirania.
O Evangelho de Jesus ensina que a sociedade é transformada pelo homem, e não ao contrário, o homem ser transformado pela sociedade. O Marxismo se alicerça nessa premissa: se a sociedade é justa o homem se torna justo. O reino de Deus se fundamenta no amor e na justiça, o comunismo se impõe pela força do poder. A perseguição obsessiva de Stalin aos considerados dissidentes, inimigos do povo ou do regime, levou à morte aproximadamente 100 milhões de pessoas acusadas de traição. O homem desde Adão nunca perdeu o desejo de ser igual a Deus, não nas virtudes, mas igual em poder e glória como desejou Lúcifer antes de ser expulso do céu, juntamente com os anjos rebeldes.