Imagine comprar seu tão sonhado apartamento. Então, você determina quanto pode dar de entrada e financia o restante, digamos que R$200 mil, por 30 anos. Quanto vai ficar sua prestação mensal? Depende muito da taxa de juros.
Com uma taxa de juros de 12%, a prestação é de pouco mais de R$2.556. À medida que os juros caem, a prestação também cai, chegando a R$1.722, com juros de 7%. Pequenas oscilações da taxa de juros têm grande impacto em financiamentos de longo prazo.
Para conseguir um financiamento com uma prestação de, por exemplo, R$2.556, uma família precisa ganhar pelo menos R$8.520 por mês. Ganhando menos do que isso, o banco recusa o financiamento porque a família teria dificuldades de pagá-lo. Com a queda da prestação para R$1.722, a renda mínima necessária diminui para R$5.740. Com a queda da renda mínima para conseguir o financiamento, o dobro de famílias pode, agora, comprar aquele apartamento.
Esse efeito não fortalece só o setor imobiliário, mas toda a economia. Operários, corretores e outros profissionais beneficiados pela expansão imobiliária agora têm mais renda. Isso gera um ciclo virtuoso: mais empregos, mais consumo, e um impacto positivo na economia como um todo.