Em Provérbios 18: 24b está escrito: “mas há amigo mais chegado do que um irmão.”, e isto nos dá a dimensão de onde podem chegar as amizades. Amigos, assim, tão chegados, temos poucos. Não é tão fácil fazer amizades profundas e sinceras, mas quando as fazemos, percebemos o quanto fazem diferença em nossas vidas.
O ideal é sermos amigos, inicialmente, de nossos cônjuges, que são os primeiros com quem temos contato na nova família nuclear. Depois, de nossos pais e filhos; também, de nossos irmãos, sendo que o próprio versículo citado nos confere a ideia da importância que os irmãos de sangue têm nas nossas vidas, e, ainda, de outros parentes, abrangendo toda a família maior.
Portanto, o natural é termos bons amigos em família, no entanto, infelizmente, nem sempre isto acontece, porém, decerto, temos amigos preciosos fora do círculo familiar, e a boa notícia é que se alguém ainda não os tem ou tem poucos, há tempo para fazer novas e boas amizades.
É interessante que novos e sinceros amigos podem ser tão íntimos como os de nosso passado, os quais conhecemos de longa data, de modo que não devemos ter preconceitos com a pouca idade das amizades: é curioso quando percebemos a sinergia estabelecida com alguns que conhecemos há pouco, e que se tornam marcos em nossas vidas. Precisamos estar inclinados a alimentar as novas amizades, e embora seja difícil medir a profundidade dessa relação, podemos, sim, ter grandes amigos em qualquer tempo.
Assim escreveu James Boswell: “A amizade, o ´vinho da vida´, tal como uma adega bem provida, deveria ser, constantemente, renovada; e é consolador pensar que, embora, raramente, seja possível a reposição no mesmo nível das generosas primeiras safras da juventude, a amizade torna-se, imperceptivelmente, antiga em tempo bem menor do que se imagina, e não são necessários muitos anos para se tornar madura e agradável”.
Temos amigos de infância, amigos da família, da escola, do trabalho, da igreja. Alguns se tornam amigos, rapidamente, outros demoram mais para se aprofundarem na amizade, mas o importante é reconhecermos que a vida é feita para ser compartilhada e que na amizade verdadeira nos edificamos, amparamos e somos amparados.
A amizade é um bem que nos proporciona exercitar o perdão, a maturidade, o altruísmo, a tolerância, o amor e a cumplicidade. Assim, cultivemos bons amigos, velhos ou novos, de modo a termos esteios para o nosso viver, e sempre, com quem dividir nossas dissabores e alegrias.